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Showing posts from May, 2023

VIRGÍLIO BORGES PEREIRA: ANTROPOLOGIA DO ESPAÇO, SOCIOLOGIA E ESCOLA DO PORTO

VIRGÍLIO BORGES PEREIRA / ANTROPOLOGIA DO ESPAÇO, SOCIOLOGIA E ESCOLA DO PORTO / CONVERSA DE GONÇALO FURTADO COM VIRGÍLIO BORGES PEREIRA / PARTE I / ESPAÇOS INSTITUCIONAIS / Gonçalo Furtado - Desejava uma historiografia da Faculdade, na qual tu és professor. Começava com o contexto desta Faculdade, mas pode se referir episódios de outras da Universidade do Porto. Enquanto instituição, histórias da Universidade do Porto, que tem relação com a da Faculdade de Arquitetura. / Como professor, como foi? Virgílio Borges Pereira - A história da Universidade do Porto é complexa e já antiga. Habitualmente, começa a ouvir-se falar dela a partir de 1910, na sequência de tudo aquilo que se passa na implantação da república. Este é, de resto, um dos seus registos [o da mudança na educação], mas ela, e em particular tudo o que se faz, não apenas na Medicina, mas no domínio de Arquitetura, vem de trás, por isso, há um historial aí importante. GF - O marco é obviamente o 5 de outubro de 191...

ISAIAS CARDOSO: SOBRE EBAP, CODA ETC (ANOS 1940-50s)

FF #4: Paradigma, por, um ideal moderno (por Gonçalo Furtado). / Várias cidades portuguesas, em meados do século XX, começaram a ser local de construção de obras de arquitectura moderna. No caso da Figueira da Foz destacam-se, por exemplo, obras de Isaías Cardoso – como a sua casa-atelier, vivendas junto ao Sotto Mayor ou equipamentos como o da Piscina-praia. Possuem um carácter arquitectónico que apenas ressalta da sua contextualização na história da arquitectura portuguesa. / Trata-se de um conjunto de obras, que constituem uma expressão do “novo”, localizadas num espaço-tempo específico (no caso antes mencionado, a Figueira-da-Foz dos anos 50s), cuja genuinidade é ainda maior se pensarmos que a própria modernidade nacional foi por si já singular. De facto, nas palavras de Manuel Modens tivemos em Portugal uma “modernidade de fronteira”, assente no argumento de uma “passagem inconclusa”, onde “permanência versus continuidade”, constituem uma diléctica em que “significam a revelaç...

MARIA BOTELHO: CONVERSAS SOBRE A ESCOLA DO PORTO

MARIA LEONOR BOTELHO: CONVERSAS SOBRE A ESCOLA DO PORTO ENTREVISTA POR RAQUEL MESQUITA E GONÇALO FURTADO / Raquel Mesquita/ Gonçalo Furtado - Quando começou e quando é que chegou ao curso de arquitetura? Maria Leonor Botelho - Sou professora associada do Departamento de ciências e técnicas do património da FLUP. Já estou a dar aulas há 11 anos e as cadeiras que eu dou são: a gestão do património, a história urbana, história da arquitetura medieval 2, estudos e práticas de património, teoria e gestão integrada do património e a metodologia de investigação em mestrado. Chego à FAUP através do contato com os colegas, pela área do património, particularmente com a professora Teresa Cunha Ferreira, já conhecia também a professora Teresa Marques. O professor Xavier Romão só de nome. E surgiu a oportunidade de trabalhar mais com a professora Teresa Cunha Ferreira, com quem já assinei alguns trabalhos e tive outro tipo de colaborações. A oportunidade de desenvolvermos uma candidatura...