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Showing posts from June, 2023

" O antecedente cultural do Porto na transição para o século XXI"

Furtado, G., Martins, R., O antecedente cultural do Porto na transição para o século XXI. In: Artecapital, Lisboa, 2021, pags doc 15B [2021] doc 15 [2021]

"A arquitectura portuguesa: O trajeto do século XX e desafios do século XXI"

Furtado, G., Paulo, A., A arquitectura portuguesa: O trajeto do século XX e desafios do século XXI, Lisboa, Julho 2021 (ou 2022?) (Disponível em: http://www.artecapital.net/arq_des-177-a-arquitetura-portuguesa-o-trajeto-do-seculo-xx-e-desafios-do-seculo-xxi). doc 16 [2021]

Escola do Porto: Notas dispersas IX (por Gonçalo Furtado)

4.1. – Sobre Álvaro Siza Vieira (aquando celebração do seu 90º aniversário). / “Da sabedoria humilde: Memória de conversas com Álvaro Siza Vieira” Gonçalo Furtado, Coimbra, Junho 2023 / i. Álvaro Siza Veira é autor de uma obra impactante internacionalmente, de um método projectual incansável inspirador da “escola do porto”, de um desenho intenso e de uma escrita bela. Para além disso, é um homem generoso, abrangente e aberto, uma sábio humilde. A sua influência é ímpar para a visibilidade internacional da arquitectura portuguesa e para as gerações de arquitectos dos últimos 60 anos. / Ana Silva e Bárbara Silva encontram-se a organizar um exposição na galeria Note que“… seja uma celebração dos 90 anos de Álvaro Siza Vieira e a partir de uma reflexão conjunta do que aprendemos com a sua obra (email de Silva, 30.5.2023). / Recordo uma continuidade e multiplicidade de situações de aprendizagens. Um primeiro cruzamento na rua da Alegria, a sua aula magistral para TGOE, a sua 1ª cozin...

Escola do Porto: Notas dispersas _ VIII (por Gonçalo Furtado)

4 - Escritos fora da pandemia (2023).   4.2 – Sota Fernando Távora e Siza. / “Continuidade e ruptura na arquitectura de Távora e Siza”, Gonçalo Furtado, Escola do Porto, 1995-1998, (trabalho académicos). / i. Muitos são os que têm divagado sobre uma alegada identidade da arquitectura portuguesa. A arquitectura portuguesa é historicamente, uma sequência de continuidades e rupturas. Incuso no que tange à sua primeira modernidade, interrompida e reiteradamente retomada. Já a internacionalização da arquitectura portuguesa é fenómeno parco. No século XX, só pontualmente se projectara em algumas exposições internacionais e apenas ocorrera divulgação de alguns arquitectos durante o Estado novo após 1933. / ii. Os princípios da arquitectura do movimento moderno foram em determinado momento postos em causa. Mesmo dentro do próprio CIAM, onde se reivindicou uma reaproximação à realidade, com a criação do Team X e um reorientação dos mestres do movimento moderno racional, que foi igualm...

Escola do Porto: Notas dispersas VII (por Gonçalo Furtado)

3 - Escritos durante o 2º confinamento (2020). /   3.1. – Breve nota sobre Nuno Portas (2020). / Notas a propósito de Nuno Portas, bem como da Escola do Porto” (em tempos de Covidis) Gonçalo Furtado, Escola do Porto, Dezembro 2020. / i. Entre as primeiras construções de arquitectura modernas encontra-se o IST de Pardal Monteiro (30/40s), notável centro da engenharia portuguesa, como cresci a ouvir o meu pai dizer. É no mesmo contexto Lisboeta, que operava o LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil - um dos centros cruciais da ciência nacional, ainda que tenha surgido polo no Porto. LNEC e IST estes que refletirão, entre o pós-guerra e os anos 60/70 avanço rumo á integração do novo mundo da computação, e sua história que deambulará entre o que podemos denominar por IA e SOC./ ii. Já no domínio da crítica de Arquiectura, Nuno Portas emerge como figura crucial; e nos 60s, as problemáticas teórico-críticas nacionais recentraram-se nas metodologias de projecto, respondem ...

Escola do Porto: Notas dispersas VI (por Gonçalo Furtado)

  2.5 – Sobre Francisco Barata (Director da escola do Porto entre 2006 e 2014). / Transformação e permanências: Uma sugestão de leitura a pedido da Livraria da AEFAUP. Gonçalo Furtado, Escola do Porto, Março de 2020. No Verão de 2018, sai da auto-estrada, perdi-me no meio de uma paisagem suburbana desqualificada enquanto tentava estacionar abalado pela notícia de que o Francisco partira. Telefonei a amigos comuns, quis voltar para trás. “O Francisco amava a escola, defendia-a como poucos”, como o Sérgio me recordava há poucas semanas. Encarnava uma ideia de escola e para a escola com que, frequentemente concordei, e por vezes discordei. Uma ideia que nos faz e fará falta. Tinha uma perspectiva humanista da arquitectura, da temporalidade da arquitectura, bem como do tempo da vida e dos homens. / i. Francisco José Barata Fernandes nasceu, em 1950, no Porto. Formou-se em arquitectura da ESBAP (1975), empreendeu investigação em Itália sobre “Política de desenvolvimento urbano e recup...

Escola do Porto: Notas dispersas _ V (por Gonçalo Furtado)

“Domingos Tavares: A escola do Porto na transição para o século XXI”. Gonçalo Furtado, Escola do Porto, 4 de Abril de 2020 / Este texto de sugestão de leituras poder-se-ia chamar “informalidade da (ou na) Escola do Porto: Escritas sobre teorias de projecto e outras arquitecturas”. Seria quiçá mais consonante com a informalidade do autor em causa ou do seu foco de interesse, mas quero querer que poderia confundir aqueles que, por desatenção ou inveja, confundissem uma genuína e generosa informalidade com a inteligência, vastidão de conhecimento e grande eloquência que está por detrás do autor/professor. / i. Domingos Manuel Campelo Tavares (n.1939), nascido em Ovar, contou-me que era dos que “vieram de fora para o Porto” com o intuito de estudar arquitectura, e como depois ingressou na escola mal terminou o curso (1973), a convite endereçado por Fernando Távora “no meio das escadas, para dar umas aulas”.[1] Entregou-se arquitectónica e politicamente á escola e á cidade, participan...

Escola do Porto: Notas dispersas _ IV (por Gonçalo Furtado)

2.3 - Sobre Manuel Correria Fernandes (Director da Escola do Porto entre 1994 e 1998)./ “Desenhar a FAUP na transição do século, entre a escola de “tendência” e o apelo das massas: Faz sentido reler a “ESBAP: arquitectura anos 60-70” de Manuel Correia Fernandes?” Gonçalo Furtado, Escola do Porto, 12 de Abril de 2020. / Em anteriores sugestões (de leitura de livros de Sergio Fernandez, Domingos Tavares e Francisco Barata) referi-me à escola do Porto dos anos 40-50 e, um pouco, à de final dos anos 90 e final da década de 2000. Neste texto gostaria de sugerir-vos uma leitura concernente aos anos 60-70, publicado na década de 80, por uma arquitecto que dirigiu a escola em meados da década de 90 - Manuel Correia Fernandes. Sobre os anos 60 a 80 encontro-me ainda a reflectir e escrever-vos, aproveitando a presente “quarentena”. Mas sobre a década de 30 e 80, posso já remeter-vos para um quinto texto que estou a submeter a uma revista da UP chamada PSIAX. / i. A construída escola de “te...

Escola do Porto: Notas dispersas _ III (por Gonçalo Furtado)

2.2 - Sobre Alexandre Alves Costa (Director da Escola do Porto entre 1988 e 1996) / “Alves Costa, tão só Escola do Porto: “Nem historiador nem crítico, escrevo porque me apetece”[1]. (Verão resumida). Gonçalo do Porto, Escola do Porto, 25 de Abril de 2020. / “Nem historiador nem crítico, escrevo porque me apetece…”2 . A frase é do professor Alexandre Alves Costa. Impressiona porque, sem ter tido outro propósito do que o prazer da escrita, aquilo que escreveu no domínio da teoria crítica se confunde com o próprio percurso de consolidação e internacionalização da escola do Porto, e o que escreveu no domínio da história aportou por si uma outra história da arquitectura portuguesa. Ao longo do presente texto percorreremos parte da sua obra e escritos cuja leitura recomendamos aos estudantes./ i. Alexandre Vieira Pinto Alves Costa, nasceu no Porto a 2 de Fevereiro de 1939. Período marcado internacionalmente pela segunda Guerra Mundial e, nacionalmente, pelo regime fascista do Estad...

Escola do Porto: Notas dispersas _ II (por Gonçalo Furtado)

2 - Escritos durante o 1º confinamento (2019/2020) a pedido de estudantes /   2.1 – Sobre Sergio Fernandez: Modernidade e Escola do Porto até aos anos 70/80./ (“Sergio Fernandes: Um percurso por entre a arquitectura portuguesa, a ESBAP e a FAUP”, Gonçalo Furtado, Escola do Porto, 5 de Abril de 2020). / Sergio Leopoldo Fernandez Santos (Porto, 1937) é autor de um livro que sempre recomendo aos alunos, por duas razões. Por um lado, porque acedem a um “percurso” pioneiro pela história da arquitectura feita neste país, designadamente entre a década em que o autor nasceu e a revolução democrática que viveu. Usa uma escrita clara e de indiscutível rigor para a altura, que sempre nos deve inspirar se pretendemos bem comunicar com a sociedade e com os pares. Por outro lado, porque é teoricamente propositivo, permitindo, em paralelo a tal história, tecer toda uma narrativa que alude à afirmação da arquitectura dos arquitectos que só realmente se veio a conquistar em Portugal com o 25 d...

Escola do Porto: Notas dispersas _ I (por Gonçalo Furtado)

  1 – Escritos na pandemia, (2021) 1.1 – “Escola do Porto: Percuso e desenho”, (submetido a PSIAX), Gonçalo Furtado, ca.2020-Jan 2021. / i. Local de entrada: As “Aulas de Debuxo e Desenho” e o ensino “Beaux-arts”./ A Escola do Porto remete ao século XVIII, tendo génese na “Aula de Debuxo e Desenho” (1779-1803). [1] Altura em que, na geografia em que surge, se percorria o Barroco de Nicolau Nasoni (1691-1773) [2] ou o Neoclássico de John Carr (1723-1807), e em que, urbanisticamente, se desenhava um “Plano de melhoramentos” (1784)./ No século XIX, percorria-se a arquitectura de Gustave Eifell na Ponte Dª Maria (1877) e, urbanisticamente, era cocnebido um “Plano Melhoramentos” (1881) pelo Engº Corrêa de Barros (1835-1908) que atendia à expansão da cidade sem qualquer registo cartográfico. No que tange ao associativismo dos arquitectos, este operava-se em torno da “Real Associação dos arquitectos civis e arqueólogos portugueses”. [3]/ Neste conspecto, gostava de fazer um desvio...